"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar"
( Eduardo Galeano)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O exemplo que vem de Açailândia



A entrevista gentilmente concedida ao blog pelo vice-prefeito petista de Açailândia, Antônio Erismar, me leva à refletir, ainda mais, sobre os rumos da política no Maranhão.
O companheiro Erismar é daquele tipo de ser humano que você não precisa conhecer a fundo para descobrir que se trata de uma boa alma, um bom sujeito, enfim, um grande exemplar da espécie humana. Basta uma rápida conversa, um contato efêmero e você já sai com uma impressão do "cara".


O que motivou a pedir a entrevista com o Erismar foi o desejo de ouvir de um petista da tendência Construindo um Novo Brasil, a mais anti-tucana do Maranhão, como é a experiência de conviver política e administrativamente com um prefeito do PSDB.
As colocações de Erismar, sempre muito lúcidas e francas, fizeram aumentar a minha convicção de que o PT maranhense só não é um aliado do PSDB local por conta de interesses provincianos, projetos pessoais aqui e alhures.
Não há motivo plausível, do ponto de vista da política estadual, que justifique a posição hostil que setores do PT demonstram em relação ao tucanato maranhense. Se agíssemos de forma séria, focados num amplo projeto democrático para o Maranhão, PT e PSDB estariam juntos nesse caminhada de efetiva libertação do nosso estado, tal como aconteceu no estado do Acre, onde os dois partidos se uniram num projeto de sociedade e construíram, junto, um estado mais progressista e mais humano.
Arrisco a afirmar que nem mesmo a polarização da política nacional entre PT e PSDB justifica a hostilidade ao PSDB por parte de alguns setores do petismo local. Seria perfeitamente possível as duas legendas caminharem unidas em torno de um projeto para Maranhão, sem se deixaram influenciar pelas pelejas nacionais que, diga-se de passagem, às vezes passam muito longe de nós.
A experiência de vivência e convivência entre PT e PSDB em Açailândia poderia servir como referência, um laboratório experimental para que as direções estaduais dos dois partidos conversem mais sobre o estado, projetos, objetivos comuns etc.
Ora, se tem companheiros no PT que defendem abertamente uma aliança com o PMDB de Roseana, João Alberto Ricardo Murad, por que eu não posso defender uma aproximação estratégica com o PSDB de Ildemar Gonçalves, Roberto Rocha, Sebastião Madeira, João Castelo etc? Qualitativamente, o que o PMDB maranhense tem de melhor do PSDB?
Por isso que sou um dos maiores entusiastas da idéia de ver as oposições todas unidas em torno de um amplo projeto de centro-esquerda para a sociedade maranhense, independente da liderança ou partido que encabeçasse esse processo, seja do PT, PC do B, PDT, PSDB, PSB etc.
No caso do meu partido, o PT, que o exemplo que vem de Açailândia sirva para que possamos fazer política mais com a cabeça e com o coração, e menos com o fígado. Definitivamente, no caso do Maranhão, o PSDB não é o nosso adversário principal, está longe de sê-lo. Qualquer projeto político-eleitoral do PT, inclusive os dos nossos atuais deputados federais e estaduais, o que é legítimo, podem perfeitamente serem viabilizados num projeto maior que esteja também o PSDB.
Aproveito para parabenizar a sensatez, equilíbrio e maturidade política do companheiro Antônio Erismar que conseguiu transpor os estorvos políticos menores entre o PT e o PSDB, hoje consegue trabalhar com os tucanos em favor da população da cidade de Açailândia.
Que um dia essa realidade possa ser posta à prova a nível estadual num grandioso projeto de vida para todos os maranhenses que se não toleram mais os engodos políticos e administrativos patrocinados pelos pmdb’s e dem’s da vida.

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